Descoberto em 1503 pelo italiano Américo Vespúcio, o arquipélago de Abrolhos foi assim batizado por conta de alertas dos navegantes portugueses no século 16: “Quando te aproximares de terra, abre os olhos”. O que antes representava um perigo para as embarcações portuguesas, hoje se consolida como um dos melhores pontos para a prática de mergulho no mundo. Debaixo das águas cristalinas, onde a visibilidade chega a 20 metros de profundidade, esconde-se uma vasta fauna marinha, além de dezenas de espécies de corais. Os chamados chapeirões – em forma de cogumelo – são encontrados apenas em Abrolhos. Belíssimos, unem-se pelo topo e formam verdadeiros labirintos.
O arquipélago fica a cerca de 70 quilômetros da costa da Bahia e é formado por cinco ilhas vulcânicas – Santa Bárbara, Sueste, Redonda, Siriba e Guarita -, além do Parcel de Abrolhos e o Recife dos Timbebas. O desembarque de visitantes é permitido somente na ilha da Siriba, com acompanhamento de monitores do Ibama. O cenário é formado por imensos paredões rochosos e alguma vegetação, onde os atobás brancos fazem seus ninhos. Nas piscinas naturais é possível nadar em meio a tartarugas, barracudas, peixes-frade, moréias, badejos, cavalos-marinhos… Entre os meses de julho e outubro, porém, as estrelas são as baleias jubarte, que chegam à região para procriar e aproveitam para apresentar um emocionante espetáculo acrobático, com muitos saltos e piruetas.
Para visitar a região, mergulhar e observar as baleias há passeios de barco com duração de um dia inteiro. Quem pretende praticar o mergulho de garrafa em diferentes pontos, o melhor é optar pelas embarcações que permitem pernoite. Na alta temporada é recomendável fazer reservas com antecedência. Já na baixa, os passeios só acontecem se houver um mínimo de dez pessoas.