O autor do primeiro gol da Chapecoense depois do acidente aéreo foi um jogador nascido na região, revelado pelo clube e que voltou à cidade para ajudar no projeto de reconstrução. Por essa tamanha identificação, o zagueiro Douglas Grolli disse neste sábado, após o empate em 2 a 2 com o Palmeiras em amistoso na Arena Condá, que marcar um gol foi uma emoção única e de grande importância para a cidade.
Nascido em São Miguel do Oeste, a cerca de 130 quilômetros de Chapecó, o defensor de 27 anos começou na Chapecoense, passou por equipes como Cruzeiro e Ponte Preta até voltar em 2017 como um dos primeiros reforços da remontagem do elenco dizimado pela tragédia aérea, ocorrida em novembro, na Colômbia. “Eu sabia que o clima aqui nunca mais seria o mesmo. As pessoas, assim como eu, não seriam substitutas. O clube a cidade precisam que a gente siga. Aos poucos ajudamos a devolver alegria à cidade”, afirmou.
O defensor fez o primeiro gol do time aos 14 minutos de jogo, ao aproveitar sobra na área. Na comemoração, ele se ajoelhou e levantou os braços para o céu. Grolli está na terceira passagem pela Chapecoense e é um dos mais queridos pela torcida. “Jogar aqui de novo é o maior desafio da minha carreira, então vou me dedicar muito para ajudar o clube. Como nasci e surgi aqui, perdi muitos amigos na tragédia”, explicou.
O titular do técnico Vágner Mancini disse que se considera com um papel importante para cativar a cidade. “O principal é a gente levantar a torcida, trazê-los de volta para o futebol. Foi uma emoção única marcar o gol”, afirmou.
Na próxima quinta-feira a Chapecoense faz o primeiro jogo oficial da temporada, ao receber o Joinville pela Copa da Primeira Liga.