No meio de todas as gigantes que estiveram no Mobile World Congress 2017, uma das companhias que mais geraram burburinho nem era conhecida há poucos anos. A HMD Global, nova detentora da marca Nokia, levou muita gente ao estande em Barcelona para a apresentação de produtos com o Nokia 3 (acompanhado do já conhecido Nokia 6) e do relançamento do Nokia 3310.
Mas e o Brasil, como fica? Afinal, o público ainda é apaixonado pela empresa, mesmo depois de tanto tempo longe — desde os feature phones até a família Lumia. Em entrevista exclusiva ao TecMundo durante a feira, o chefe de marketing da marca, Pekka Rantala, falou que “com certeza” estão olhando para o Brasil no que se refere a futuros lançamentos.
“Definitivamente estamos vendo o que fazer com o Brasil. A janela exata eu não sei ainda, mas definitivamente estamos trabalhando nisso. Porque os consumidores estão falando bastante conosco”, cita o executivo, deixando claro que não há uma confirmação, mas que isso está em pauta por lá. “E hipoteticamente, só de pensar no que lançamos aqui, acho que toda a linha funcionaria bem com consumidores brasileiros”, confirma o executivo. Ele se refere ao relançamento do Nokia 3310 e aos dispositivos Nokia 6 (que já havia sido revelado antes), Nokia 5 e Nokia 3 — estes com Android.
Paixão nacional
Pekka trabalhou na “antiga Nokia” por quase 20 anos e deixou a companhia em 2011, retornando ao controle da marca agora como HMD. Na primeira passagem, ele ainda se recorda de quando esteve no país. “Lembro como era forte o sentimento dos brasileiros pela marca. Em uma forma muito emotiva. E eu falava com várias agências aí do Brasil e elas eram todas apaixonadas pela marca, todas queriam fazer algo pela marca quase de graça! Porque eles a amavam”.
Quem vai querer o 3310?
“Tivemos muito trabalho nos últimos meses nos encontrando com distribuidores e sabemos que há muitos perfis diferentes de consumidores que são bons para o 3310. Vamos começar com pessoas que ainda hoje compram feature phones. Há muita gente para quem o 3310 será o único produto, o número um, por causa da confiança, da durabilidade, da marca e por aí vai.
Mas também há muitas pessoas que vão usar um Nokia 5, por exemplo, e talvez eles queiram um ‘companheiro’ e vão comprar o Nokia 3310. Porque esse é um celular perfeito para um fim de semana, um festival, o verão. Não como o principal, mas um complemento. E tem a ver com ‘desintoxicação digital’. Há momentos na sua vida em que você não precisa de um smartphone (…) e continuar podendo ser contatado, fazer chamadas, mandar mensagens e até jogar o Snake.”
Mais clássicos?
Sobre um possível relançamento de outros modelos antigos para “pegar carona” no sucesso do 3310, a resposta foi animadora. “Ficaremos atentos ao que vai acontecer, mas não há nenhuma notícia sobre isso hoje. Tem muito hype aqui, então temos que ver o quanto ele será viável comercialmente. E já adianto que nossos parceiros estão adorando tudo, tenho altas expectativas sobre ele”, completou.
MWC
“Nós estaremos aqui novamente. E sabe o que mais? Graças a todos do evento para imprensa, ganhamos o prêmio da MWC de melhor conferência. E não era algo que procurávamos! E tentamos fazê-la do ‘jeito Nokia’, um jeito humano. Tivemos no palco não só homens de 60 anos, mas também jovens, mulheres, pessoas falando sobre a marca e os aspectos humanos. Tivemos até um coral cantando o ringtone da Nokia, e acho que isso ajuda as pessoas a se sentirem assim”.
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