A segunda rede neural é a que coloca a mão na massa: ela tenta aplicar pixels adicionais à foto de baixa resolução baseada nos resultados do primeiro teste. É a partir de puro aprendizado: pixels vermelhos abaixo dos olhos provavelmente são lábios, enquanto uma forma retangular de pixels na cor preta na foto de um quarto possivelmente forma uma tela de televisão. Em resumo, a foto não é uma reconstituição ou recuperação de dados: é como se a IA fosse um artista completando um trabalho inacabado.

A foto não é uma reconstituição ou recuperação de dados: é como se a IA fosse um artista completando um trabalho inacabado.

É claro que a inteligência artificial ainda está longe de ser perfeita: várias das imagens ficam deformadas e rostos humanos acabam com uma cara ainda bem borrada.  Em testes bastante animadores feitos com humanos, 10% dos participantes foram enganados pelas imagens de celebridades aprimoradas via computador, acreditando serem fotos de verdade. No caso de fotos de um quarto, os erros foram de 28%.

O algoritmo utilizado é o PixelCNN, criado na Universidade de Cornell. E, se o uso dele ainda não é bom o bastante para agentes de uma unidade especial de resolução de crimes, ele já pode servir para técnicas que envolvam compressão de imagens.